segunda-feira, 22 de março de 2010

A PERDA DO PRIMEIRO AMOR (TERCEIRA PARTE)

A PERDA DO PRIMEIRO AMOR (É interessante que sejam lidas antes as partes anteriores. Estão dispostas abaixo)

Alguns acham que, se o primeiro amor nos leva ao trabalho, então a perda do primeiro amor poderia ser definida como sendo “uma diminuição da produtividade”. Porém, de acordo com a mensagem de Jesus na Carta à Igreja de Éfeso, a perda do primeiro amor não é apenas uma questão de “relaxarmos” no trabalho de Deus, pois o Senhor lhes disse: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança” (Ap 2.2a). A palavra grega traduzida como “labor” é “kopos”, que, de acordo com a Concordância de Strong, significa: “intenso trabalho unido a aborrecimento e fadiga”. Este tipo de labor seguido de perseverança, por parte dos efésios, não nos permite concluirmos que eles tenham demonstrado alguma queda de produtividade no serviço ao Senhor.

“Perder o primeiro amor” também não é “enfrentar uma crise de desânimo” ou “desejar desistir”, uma vez que, nesta mensagem profética, o Senhor Jesus elogia a persistência desses cristãos de Éfeso: “e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer” (Ap 2.3).

A perda do primeiro amor também não pode ser vista como sendo um momento de crise no trabalho ou na dedicação, uma vez que é algo que Deus “tem contra nós”:

“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2.4,5)

Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada de pecado, e necessita arrependimento. Há muitos crentes que continuam se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por quaisquer outros motivos, os quais, acompanhados daquele primeiro amor intenso, fariam sentido, mas sozinhos não!

A queixa que o Senhor faz é o fato de que esses crentes haviam abandonado o primeiro amor. A palavra grega “aphiemi”, traduzida como “abandonar” neste texto bíblico, tem um significado bem abrangente. A Concordância de Strong define esta palavra da seguinte maneira: “enviar para outro lugar; mandar ir embora ou partir; de um marido que divorcia sua esposa; enviar, deixar, expelir; deixar ir, abandonar, não interferir; negligenciar; deixar ir, deixar de lado uma dívida; desistir; não guardar mais; partir; deixar alguém a fim de ir para outro lugar; desertar sem razão; partir deixando algo para trás; deixar destituído.”

Essas expressões refletem, não uma perda que possa ser denominada como sendo meramente acidental, mas um ato voluntário de abandono, de descaso.

O Senhor Jesus tampouco está exortando esta igreja por não O amarem mais! Não se tratava de uma ausência completa de amor, pois ainda havia amor! No entanto, o amor deles havia perdido a sua intensidade e não era mais o amor que Ele esperava encontrar neles!
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Extraído so sítio www.betelonline.com.br/destaques.php?id=54

quarta-feira, 3 de março de 2010

O PRIMEIRO AMOR (SEGUNDA PARTE)

O PRIMEIRO AMOR
(Leia antes desta a primeira parte. Está logo abaixo.)
O que é o “primeiro amor” a que o Senhor Jesus Se refere nesta mensagem?

É um fogo de grande intensidade em nosso íntimo, que coloca Jesus acima de todas as demais coisas! Isto foi bem exemplificado numa parábola de Cristo:

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.” (Mateus 13.44)

O Senhor está falando de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o Reino de Deus, ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar do seu achado. Estas duas características são evidentes na vida de quem teve um encontro real com Jesus.

Esta alegria inicial foi mencionada por Jesus na Parábola do Semeador. O problema é que alguns cristãos permitem que ela desapareça diante de algumas provações:

“O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.” (Mateus 13.20,21)

Outros cristãos, por sua vez, até mesmo diante das mais duras provações, ainda permanecem transbordantes desta alegria:

“Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.” (Atos 5.40,41)

O primeiro amor é o nosso primeiro momento de relacionamento com Cristo em que nos devotamos de todo o nosso ser a Ele. Abrimos mão de tudo por causa de Jesus:

“O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.” (Mateus 13.45,46)

O Reino de Deus passa a ser prioridade absoluta! É quando amamos a Deus de todo o nosso coração e alma, com todas as nossas forças e entendimento! Este primeiro amor nos leva a vivermos intensamente a fé. Foi assim desde o início da era cristã:

“Então, os que aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” (Atos 2.41-47)

Os relatos de Atos dos Apóstolos nos revelam uma Igreja viva, cheia de paixão e fervor:

“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.” (Atos 4.32-35)

Este amor nos leva à prática de buscarmos intensamente ao Senhor. Aliás, vale ressaltarmos que há um padrão de busca que Deus determinou para nós. É quando Ele se torna mais importante para nós do que qualquer outra pessoa ou coisa! Devemos chegar a um ponto tal neste anseio por Ele que nada mais importe!

O ser humano foi criado para buscar a Deus. Este propósito divino é claramente revelado nas Escrituras. Na pregação do apóstolo Paulo em Atenas, ele fez a seguinte afirmação:

“O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós.” (Atos 17.24-27)

A declaração bíblica é muito específica: o homem foi criado e estabelecido por Deus nesta Terra para buscá-Lo! Ainda que, em cegueira espiritual, o fizesse tateando, o homem deveria buscar a Deus. E Deus quer ser achado pelo ser humano, fato esse que fez com que Paulo afirmasse que Ele “não está longe de cada um de nós”!

Contudo, Deus não esperava apenas que os homens O buscassem, mas que também o fizessem da forma correta! Através do profeta Jeremias, o Senhor Deus deixou bem claro o que é necessário para que O encontremos – não apenas uma busca qualquer, mas uma busca de todo o nosso coração:

“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29.13)

Este amor também faz com que trabalhemos para Deus. Jesus relacionou este amor com obras quando disse a Pedro que se ele O amasse, ele deveria pastorear o Seu rebanho (Jo 21.15-17). O apóstolo Paulo falou que o amor de Cristo (ou o entendimento da profundidade deste amor) nos constrange a não mais vivermos para nós, e sim para Ele:

“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Coríntios 5.14,15)

Foi este “constrangimento” de amor que fez com que o apóstolo Paulo trabalhasse mais do que os demais apóstolos:

“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” (1 Coríntios 15.10)

Isto também deve ser assim conosco hoje. O primeiro amor é uma profunda resposta ao entendimento do amor de Cristo, o que nos leva a buscarmos e a servirmos ao Senhor com intensidade e paixão.
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Extraído so sítio www.betelonline.com.br/destaques.php?id=54